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ESTOU CONVENCIDO
03 de Novembro de 2003

“Saiba, meu povo da Paraíba, que se um pernambucano de Garanhus tivesse medo de cara feia, não sairia sequer da barriga de sua mãe”. De um fundamentalismo de causar orgulho a xiitas e sunitas. Lembrou o aquilo roxo de Collor em Juazeiro do Norte, antes de entrar em menopausa política.

Por que o clima semi-árido do Nordeste, num cenário de miséria, ainda continua a ser a arena ideal para as olimpíadas de presidentes? Todos cospem bravatas a respeito de não ter medo de cara feia, fechando o tempo. Por trás dos ontens, Lula acusou seus antecessores de covardes em Campina Grande e de passar o rodo no dinheiro a ser aplicado em açudes e cisternas, escudado no combate à fome.

A bem da justiça com os nordestinos, a síndrome deu o ar de sua graça quando o general Figueiredo bateu o martelo no começo do fim da ditadura com o prendo e arrebento a quem ousasse não tirar a mão da chave de cadeia do regime. A bomba destinada ao Riocentro acabou caindo no seu colo também e, em vez de destruir a genitália, o enfartou.

Lula encarna o êxtase de um político pop do agreste vestido de São Paulo, com Dirceu de eminência parda à sua esquerda, a esvoaçante Marta à sua direita, Genoíno à sua retaguarda, carregando o estandarte do pragmatismo, e o vice Zé Alencar à sua frente, o grilo-falante com seus arroubos.

Ao se empolgar no tranco quando engrena uma terceira e fala de improviso, esquece que o palanque agora é outro. Aumenta o tom ao se classificar como o sindicalista mais importante que o Brasil já teve e que criou o maior partido de esquerda. Tira um sarro de intelectuais e políticos ao não terem previsto que um metalúrgico nordestino comandaria os destinos de uma das maiores economias do planeta. A autenticidade prevalece sobre o perfeito juízo quando confronta o sol e a chuva, não haverá nada que o impeça de fazer pelo país e pelo povo, quase cantando, com um copo de cerveja na mão: eles merecem, eles merecem!

Lula está convencido de fazer o que precisa ser feito, quantas reformas forem necessárias, resolvendo a maioria dos problemas que retardam a marcha de nosso avanço. “Estou convencido” abunda em seus improvisos, a realçar sua convicção. Paga o preço que for para permanecer espontâneo.

 
Antonio Carlos Gaio
 
 

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