IMPRÓPRIO PARA MENORES
15 de Setembro de 2003
O Garotinho é engraçado. Faz a gente rir.
Nos diverte tanto que pensamos não ser de verdade. Como uma história
de Carochinha. A exemplo do espancamento que matou o chinês Chan Kim
Chang por pretender sair do país com 30 mil dólares no bolso num
corredor polonês que foi do aeroporto ao presídio. O achaque para
conseguir a senha de sua fortuna e correr atrás de mais bufunfa.
O fato de ele não ser o governador e sim o porta-voz filosófico
da ideologia goiabada cascão do governo de Rosinha, não a livra de
pressão baixa ou rebate falso de gravidez, baixando o hospital “n”
vezes em sete meses de gestão indigesta com dietas ultrapassadas,
entre fiscais corruptos, infidelidade partidária, submissão ao
autoritarismo do José Dirceu, e bandidos que fogem pela porta da
frente de presídios, andando. Convenhamos, um trabalho de parto de
deixar qualquer crente doente, pois, se você é ruim da cabeça ou
doente do pé, bom sujeito não é, já que o samba da minha terra deixa
o corpo mole... e todo mundo bole, alertava Dorival Caymmi em sua
pachorra.
Na ponta do iceberg em que se transformou essa
história da carochinha estão os advogados, que, no usufruto dos
princípios mais nobres e vestais do Direito, são remunerados pelo
Mal, até que o juiz converta o Mal no Bem - a justiça é cega. Os
defensores da lei se preocupam com a integridade física de policiais
quando gatunhados na gandaia da extorsão. Afinal de contas, pode-se
dar o azar de matar suspeitos, até que o juiz os declare isentos de
culpa, e quem irá arcar com o prejuízo? A quina da gaveta, o chão
escorregadio ou o fio desencapado.
Détraqués que se desviaram do caminho correto ensinado
por Buda, repetido na Bíblia, esconjurado na Inquisição, excomungado
nas encíclicas, carentes de exorcismo. Procuram tirar uma chinfra do
pagode reinante. De tão purgantes, dá vontade de sapecar um
catiripapo nesses mocorongos, se não fôssemos tementes a Deus. Que
assiste a tudo, calado, e intervém quando menos esperamos. Que o
diga Bush, Osama e Saddam.