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VESPEIRO
17 de Novembro de 2003

Jovens casais não podem mais viver a doce aventura da primeira lua-de-mel, isolados do mundo adulto. As garras da maldade os alcançam e assassinam. Perdemos o direito à inocência e os pais devem ser informados do destino que Romeu e Julieta tomam. Não é fato isolado que criminosos hediondos andam à solta, torturando, estuprando e degolando, a sangue-frio.

Pena de morte para eles. Não adianta, é pouco. Seria aliviar o sofrimento de sua existência. Eles não merecem. De preferência, jogar a fera numa cela com outros presidiários para ficar sujeito a estupro ou justiçamento. Ou seria melhor o linchamento pela população? Os mais radicais não titubeiam diante da capação.

Mas a violência não leva a nada. Não consola ninguém nem restabelece a vida dos jovens que acreditaram num romance em meio à natureza que os abençoaria. Esquecendo que já eram adultos e deviam tomar cuidado com bandidos que abusam do guarda-chuva legiferante, cada dia mais distante da realidade.

Por outro lado, se os presos forem postos para trabalhar nos presídios e o produto das vendas destinado à sua manutenção, o aparelho que dirige as penitenciárias o confiscaria, a título de compensação, por aturar esses safados miseráveis que não merecem compaixão. Com tanta perversão em jogo, não se acredita em recuperação, muito menos do sistema maligno que encarcera e não consegue reeducar.

Então, para que mantê-los nos presídios às custas de uma grande maioria de cidadãos honrados que cumprem seus deveres? Para que construir prédios de luxo para isolar os de alta periculosidade? Os orçamentos públicos mal comportam folga para dar conta de programas populares como Fome Zero, restaurantes e farmácias populares, café da manhã nas estações de trens. Se falta esgoto, para que perder tempo com bandidos que mutilam e estupram uma filha querida criada com tanto amor? Ou bem a gente cuida de nossos filhos, cujo futuro no mercado de trabalho é incerto, ou respeita os direitos humanos desses monstros. Que proliferam. E nos aterrorizam. A nossa sorte é que pecam pela falta de organização e unidade. Deixando-nos em dúvida como se tornaram seres humanos tão abjetos.

Quem sabe matar tem que saber responder por seus atos. Que se reduza a maioridade penal para se adaptar a essa realidade cruel. 16 anos? Ou seria 14? Quem dá o próximo lance? Preferível pensar em berçários-presídio para descobrir se nascemos maus como o lobisomem ou se a sociedade nos transforma numa chaga extensiva a pobres e ricos.

Nos encaminhamos rumo a um vespeiro.

 
Antonio Carlos Gaio
 
 

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