SEXO SUJO
21 de Julho de 2003
A vida sexual dos ditadores destrói
os mitos criados em torno de sua ideologia. Seja comunista
como Ceausescu da Romênia, genocida como Idi Amin de Uganda,
ou polígamo como Saddam Hussein.
A ordem de grandeza da depravação de Hitler é diretamente
proporcional à dimensão do campo de extermínio dos judeus. A
atração por jovens ingênuas altamente influenciáveis
denunciou que o seu prazer apenas se concentrava no
voyeurismo e na profundidade de suas tendências
escatológicas. O êxtase em controlar o direito de ir-e-vir,
na tortura pela dominação, zerou sua potência sexual,
auxiliado pela sífilis. Ou terá sido a culpa judaico-cristã?
Embora não distinguisse estéril
de eunuco, Mao Tsé-tung colecionou artes eróticas na
pretensão de se nivelar aos imperadores da China. Quanto
maior a promiscuidade, mais tempo se vive, preservando a
essência yang do sêmen. Contaminado por doenças venéreas,
nunca se preocupou em contagiar seu harém de mocinhas de
famílias camponesas que ganhavam a vida no Partido Comunista
e consideravam Mao seu salvador.
Veneraram ditadores que desvirtuaram o poder, guiados pela
excitação rasteira que a autoridade provoca. O ato de
venerar já significou honrar Vênus, deusa do amor. Cúmplice
do sexo. Íntimo do erotismo. Resultando em doença venérea.
Não foi por outra razão que Pinochet e Franco adotaram a
reputação irrepreensível como chefes de família,
devotando-se à eliminação de uma geração inteira de
adversários políticos - assim escapariam do inferno.