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BINGO
27 de Fevereiro de 2004

“São Paulo 450 anos, e ainda não aprendeu...”. “O Rio trocou seu sucatão: xô Bené!”. “Se não encontrou a mulher certa, coma a errada.”. Esculacharam a lavadeira que chegou a senadora. Um achincalhe à capacidade de pensar do paulistano. Ora, é no carnaval do Rio que se come a pessoa errada e se encontra a felicidade. Bingo!

E os bingos não alcançaram a maioridade e não conquistaram a independência como cassinos. O presidente Lula, depois de equiparado a FHC, agora se iguala ao Dutra. Próxima atração: Palocci e Roberto Campos, o acasalamento indecoroso que consagra o materialismo excludente da economia.

Na véspera do carnaval, fecharam os caça-níqueis que lavam o dinheiro verde-amarelo e financiam campanhas políticas. Fomentador de programas sociais de tirar a fome. Sob a acusação do eterno conchavo entre jogos de azar e autoridade pública.

Lula tentou apagar o incêndio numa operação rescaldo de caráter moralizante para salvar José Dirceu e recolheu-se aos costumes na ilha de Brasília, calando seus discursos de improviso. E não colhendo a glória de como presidente-operário desfilar no Sambódromo. Por pura vergonha. Já havia esnobado no ano anterior para não parecer demagogia de pós-eleito.

Cruel a vingança da turma do telhado de vidro sobre os defensores da transparência, governo é uma coisa, oposição é outra. A ética não cabe numa camisa-de-força a serviço de seus apologistas. Acabou por vitimar quem tentou pôr-lhe antolhos e peias. A conduta humana, guiada por paixões e desejos irrefletidos, transfigura a essência de valores em qualquer realidade social, numa velocidade espantosa que provoca amnésia nos legisladores da moral. Quiseram selar um cavalo indomável e se tornaram paranóicos: cuidado especial com quem anda, nomeia e filia, a partir de agora.

Se o acaso, a sorte, o destino e o blefe fazem parte tanto dos cassinos quanto da política, não se entende a estranheza quanto à promiscuidade por entre os becos do poder a querer comer a ética e encontrar a felicidade com a pessoa certa. E nos encontrarmos sempre retardados em relação ao crime organizado. Em virtude de uma ética provinciana que não dá mais conta. Um país jovem como o nosso logo sucateia ideologias que caem em desgraça. É, ainda não aprendemos...

 
Antonio Carlos Gaio
 
 

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