PIRULITO QUE BATE, BATE
01 de Novembro de 2004
Em casa de ferreiro, espeto de pau. O
cheiro da derrota confirma a sabedoria do dito popular.
Maluf anuncia seu apoio e é indiciado por lavagem de dinheiro,
o marqueteiro Duda é preso numa rinha de galos, não há botox que
resista. Marta Suplicy adere à vitimologia e chora a perseguição
sofrida pelo fato de ser mulher. A imprensa padece da síndrome de
Nelson Rodrigues e bate, esquecendo-se de que Getúlio, Jango e
Brizola apanharam mais e suscitaram uma ditadura militar de 25 anos.
Ao preconceito de ter ganhado fama com o sobrenome do bom marido
Suplicy, para depois largá-lo por um homem bonito e gostoso,
enquanto prefeita, responde com arrogância à repórter quanto ao seu
ar cansado e cabelos desalinhados: “e o seu?” - a tese do “cabelo
bom”, qual é o pente que te penteia?
Pirulito que bate, bate. Pirulito que já bateu.
Quem gosta de mim é ela, quem gosta dela sou eu.
O partido do Garotinho é useiro e vezeiro em aliciar as classes
sociais de menor poder aquisitivo com o uso de programas sociais
para angariar a simpatia - e o voto. Ao ver a derrota rondar seus
candidatos, sobretudo em seu berço político, perderam a noção do
limite. Vá lá que sejam restaurantes e farmácias populares, café da
manhã nas estações de trem, mas casas a 1 real e kit escolar quase
no fim no ano letivo? Com uma roupagem de esquerda, meteram os pés
pelas mãos e perderam o pudor. Indesculpável em se tratando de
crentes.
A dupla de garotinhos deixou o Estado do Rio de Janeiro em
descompasso com a democracia ao macular o processo eleitoral, posto
que é exigido dos milhares de carentes o título eleitoral para fazer
jus ao benefício.
Aleluia para Rosinha, que incita a platéia comparando
adversários ao demônio. Crê em sua missão de levar a palavra de Deus
aos quatro cantos do mundo e de converter as pessoas sérias da
política. O projeto da família saudável.