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BRINCANDO COM NÚMEROS
03 de Maio de 2004

Mais de 600 iraquianos perderam a vida depois que xiitas chacinaram 4 americanos, exibindo seus corpos mutilados para o regozijo da sanha do público. A ofensiva contra a cidade de Faluja sacrificou o olho de Ualid, de 3 anos, que perdeu os pais, 6 irmãos e 21 parentes, num bombardeio de 15 minutos depois do jantar. Ualid não pára de gritar pelo nome da mãe. Jamis, o primo que o acolheu, perdeu a mulher, 1 irmão e 6 de seus 9 filhos. Ao total, se foram 29 de 4 famílias aparentadas. Cometeram o azar de residir no foco principal do conflito entre tropas americanas e rebeldes iraquianos. Faluja virou cemitério, cavam túmulos em campos de futebol.

O conflito na Reserva Roosevelt em Rondônia, em torno da extração de diamante, que atraiu figurões internacionais e contrabandistas, incentivando a invasão do território dos índios cintas-largas, resultou no assassinato de 29 garimpeiros, a golpes de borduna, flechadas e tiros. Em xeque, o território indígena como uma extensão de sua cultura e não como uma propriedade privada, versus o processo de aculturação alterando o comportamento dos índios na essência do ser humano no que ele tem de pior: dinheiro, armas, carro zero-quilômetro, mulher novinha e bebida.

O maior culpado pela quebra de recordes de assassinato no Brasil são as marias. A mulher de bandido, que hoje se chama traficante. Na sucessão da maria-batalhão - só namora fuzileiro -, maria-gasolina - só namora motorizado -, maria-chuteira - marca cerrado jogador de futebol -, a maria de pitboy e a maria do surfista na labuta da parafina. Causou inveja aos homens no enterro do Lulu da Rocinha, 6 mulheres amancebadas que pranteavam o defunto na maior harmonia e sem o menor resquício de disputa, mergulhadas numa dor uníssona que faz crer o quanto irão sentir sua falta.

A falta do imperador que não tem limites para matar, escolher concubinas e ocupar favelas às custas do butim que não tem preço para os ricos e alimenta o eterno sonho do pobre de liquidar de vez com esse negócio de ficar por baixo.

Senão o seu destino irremediável será o do primeiro desempregado que se imolou no governo Lula, ateando fogo em si mesmo defronte ao Palácio do Planalto. Deixou viúva grávida de 4 meses e filha de 8 anos, ao não suportar a humilhação de viver de bico às custas de catar caranguejos.

 
Antonio Carlos Gaio
 
 

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