BANDA PODRE
15 de Agosto de 2005
Dentre os 300 picaretas que Lula
identificou no Congresso, existem duas bandas podres. A que apoiou seu
governo e se encontra desativada, prestes a ser cassada. E a segunda
banda, que se juntou aos tucanos e pefelistas para dar um troco no PT de
então arrogante e eleger Severino presidente da Câmara.
Severino se despediu saudoso de Valdemar Neto, que renunciou
ao mandato para evitar ser cassado, e não endossa um trem da morte que
agrupe os parlamentares sujeitos a guilhotinagem de uma só vez. O
corredor para tal fim tem que ser percorrido por cada um vagarosamente,
para lhe dar tempo hábil de defesa e ficar sujeito à expiação perante a
mídia.
Já que o dinheiro arrebanhado pelo diligente
Valério não foi para pagar imposto e desviou-se para o bolso do alheio,
o povo faz jus à grandiosidade de tal espetáculo. Quer ver as cabeças
rolarem diante de tanto cinismo, mentira e roubalheira, tirando o brilho
da gestão de Severino à frente de uma Câmara desmoralizada, justamente
quando gozava de seus maiores anos de glória. Para somente agora se dar
conta de que Lula é pernambucano, aproximando-se dele para o bem da
governabilidade, num namoro que converge os maiores expoentes das
finadas direita e esquerda.
E consagra o fim antecipado do governo petista com os fins para
os quais foi eleito e entrega a cabeça de Lula na bandeja para inimigos
de passado recente que agora pretendem desfigurar o que sobrou de uma
legenda, até virar pó.
Quem com banda podre fere, com ferro será ferido.