PIADA DE SALÃO
24 de Outubro de 2005
Se dependesse de Lula, os deputados
cassáveis deveriam ter renunciado para que a crise não continue a
repercutir no seu governo quando a eles afirmou que erraram, mas não são
corruptos nem sofrem de doença contagiosa.
A posição de Zé Dirceu acabou por
prevalecer, provando que manda, e muito. Precisava de companhia para se
encaminhar ao pelourinho, sozinho ficaria à mercê das feras. Além de
mostrar-se ético ao ser contra a excrescência da renúncia. O que não o
impediu de se reunir com Jader Barbalho para aconselhar-se e obter seu
apoio. E de se comparar a JK, cassado sem prova de prática de corrupção.
Ambos partem do temor de que julgamento
político de petista será feito para liquidar com a raça da esquerda que
quase desmoralizou a honestidade da direita.
Berzoini expulsou Heloísa Helena por delito de opinião, encara
o caixa 2 como folclore político e oferece legenda para quem renunciou.
Delúbio comemorou seus 50 anos em Buriti Alegre filosofando a
respeito do tempo: é o melhor remédio, ficará provado que não errou, em
três anos tudo será esclarecido e esquecido, virando piada de salão.