TERRORISMO POLÍTICO
25 de Julho de 2005
O terrorismo político moderniza-se, e
evolui.
Encontrados três corpos de integrantes da Associação das Mães
da Plaza de Mayo, principal símbolo da luta da sociedade argentina
contra o regime militar. Simples donas de casa, desaparecidas desde
1977, que decidiram unir forças para tentar localizar seus filhos
seqüestrados por psicopatas desejosos de se promover na carreira
militar. Infiltraram-se no grupo para dar-lhes o mesmo destino,
torturadas na Escola de Mecânica da Marinha e atiradas ao mar nos
chamados vôos da morte.
A globalização estendeu os tentáculos do
terrorismo islâmico a Nova Iorque, Madri e Londres. Contabilizados 40
mil cidadãos iraquianos chacinados pelos dois lados, em conseqüência. Se
não respondida, a mini-invasão dos Estados Unidos pelos seus próprios
aviões seria considerada o prenúncio do declínio do império americano. A
Inglaterra ainda se sente dona do condomínio árabe, sua área de
influência. Osama bin Laden conseguiu mudar o voto dos espanhóis às
vésperas das eleições, mais por medo do que por consciência. Um dos seus
objetivos foi alcançado: o preço do barril de petróleo continua a subir.
Americanos e europeus não se sentem mais seguros em seus territórios,
pagam com a vida a hegemonia que os sustenta. Enquanto a riqueza não for
bem repartida e a fome na África superada, a Al Qaeda funciona como
símbolo de outros grupos terroristas que virão e farão uso do cavalo de
Tróia. Agora pouco interessa a paz, descobriram que é fácil
intimidá-los.
Eis que surge a nova modalidade de terrorismo político, de
encomenda para destruir a democracia e a boa-fé na eleição. Seu
principal agente é o mala, a lavanderia ambulante, o tesoureiro.
Travestido de um conglomerado de firmas publicitárias e promotoras de
eventos, onde o dinheiro circula num labirinto para o início e o fim se
confundirem no meio, e o mandante do crime permanecer invisível e restar
impune por falta de provas. Esses anormais surgem da célula-mãe de PC
Farias para recolher o dinheiro de caixa dois das empresas e lavar mais
branco antes de repassá-lo ao partido corrupto em questão para financiar
sua campanha eleitoral. Após a vitória, com os recursos sobrantes,
compram o voto de deputados que constituirão a base de sustentação do
governo eleito. Baseados no epitáfio de que a esperança vencerá o medo.