QUE FUZILARIA
30 de Maio de 2005
Parece que já se passou muito tempo desde
que FHC desfrutou do Aerolula para assistir ao funeral do Papa: “O
governo Lula parece um peru bêbado em véspera de Carnaval”. Diante
da onda de denúncias de corrupção, foi longe a comemoração pelo fim
da ética como carro-chefe do PT. Agora são elas por elas. O jogo
ficou empatado.
Depois de certa idade, não cabe mais brincar com peru, falta
credibilidade; confunde Carnaval com Natal. Quem arrota champanhe
não entende do riscado, a alusão a cachaceiro demonstra a falta de
intimidade com o métier - tomando fogo paulista por Hebe
Camargo.
FHC está indignado com a operação anti-CPI e a
soberba de Lula em afirmar que não está com medo. Como é do seu
inteiro conhecimento, dar um basta no pão-de-ló e no cafuné para
quem quiser jogar contra o governo. Acabar com essa conversa de
verba e de obra. Casamento entre parceiros é pra roer o osso, no
ônus e no bônus.
FHC prenuncia uma crise institucional no país com o processo de
sertanização que atravessa Brasília com Severino pleiteando aquele
cargo da Petrobras que fura poço.
O que ensejou ao comandante Genoino chamá-lo na chincha como
fariseu, despeitado, irresponsável, invejoso, demagogo,
preconceituoso, elitista e arrogante. Como bom cearense, falou aos
brios de nordestinos para lembrar-lhes que financiam aposentadorias
polpudas de certos intelectuais que destilam preconceitos contra o
povo mantido na exclusão por governos que se esmeraram em perpetuar
as condições de atraso e de pobreza do Brasil.
Genoino acusou-o de pretender antecipar a disputa eleitoral de
2006, para São Paulo permanecer no poder, com Alckmin, que já
engavetou 44 CPI’s e não tem mãos para segurar pivetes e assassinos
pondo fogo em reformatórios. Só falta pregar o retorno à luta
armada.
De mau exemplo em mau exemplo, os menores de idade serão, em
breve, maioria na população carcerária.