O CURIÓ
18 de Dezembro de 2006
Que melhor jogador do mundo é esse que
perde duas Copas do Mundo no mesmo ano? Depois que não deu o ar de sua
graça na Alemanha, engolido pela França, agora sumiu no Japão, traçado
pelo Internacional de tantas glórias no passado com Falcão, Dunga e
Figueroa. Se antes Ronaldinho Gaúcho parecia curió que só cantava na mão
do dono, o patrão Barcelona, agora o sorriso largo e farto desapareceu
diante da camisa brasileira e gaúcha que pesou na balança e na
consciência de um jogador que precisa rever seus critérios como
malabarista da bola.
Se os tucanos pretendem refundar o partido, com FHC à frente,
para se aproximar mais do povo, num reconhecimento à derrota
acachapante, por que não o nosso bugre?
Nos detivemos muito tempo nas meias de Roberto
Carlos e na senilidade de Cafu, isso é passado. O presente e futuro do
futebol brasileiro passa pelo talento do Ronaldinho Gaúcho que terá de
decidir como Dom Pedro I se quer ser imperador do Brasil ou de Portugal,
ou melhor, de Barcelona. Não será o primeiro nem o último jogador a não
se sentir em casa ao vestir a famosa amarelinha. A fila é grande, para
felicidade geral da nação.
Se toca, meu irmão, antes que o ciclo dos Ronaldo se encerre
melancolicamente. Deus é muito generoso com a arte do nosso futebol,
nascemos em berço esplêndido, não abusem da sorte! Se passar do tempo,
virá um aperto no coração e uma saudade do maior amor de suas vidas.