O ATOR DE UM PAPEL SÓ
21 de Agosto de 2006
É o ator que se especializa no papel que
o tornou famoso, por acreditar que o público se identificou tanto que
não deseja vê-lo em outro personagem.
Anthony Perkins passou a vida reproduzindo o assassino do
facão de “Psicose”. Quem não ficou com medo de aparecer um psicopata e
interromper para sempre o seu banho de chuveiro?
Marilyn Monroe, associada a loura burra disposta a
agarrar um milionário, acabou levando esse estigma para a vida real e se
suicidando.
Sean Connery foi o único 007 que conseguiu provar que estava
além da canastrice do papel.
Christopher Reeve morreu como super-homem.
Charles Bronson virou sinônimo de feio, mal-encarado e
matador.
Só se espera de Jim Carrey caretas, já que o público
despreza seu talento em papéis dramáticos.
Jerry Lewis sofreu do mesmo mal e hoje virou um sujeito
mal-humorado.
Vera Fischer teve que fazer das tripas coração para reverter
o seu início de carreira na pior fase do cinema brasileiro.
Harrison Ford, já na terceira idade, não consegue sair da
pele de Indiana Jones.
O ator que, por assumir sua homossexualidade, só é chamado
para fazer papel de gay.
Woody Allen faz questão de levar sua persona hipocondríaca e
neurótica para as telas, afrontando seus desafetos, que o acusam de
fazer filmes parecidos.
De tão marcantes, as personalidades de Jack Nicholson e
Humphrey Bogart ofuscaram todos os papéis que interpretaram, mesclando
personagem e ator e criando o mito. A viver um só papel, o da estrela.