DE BETE BALANÇO A
BETTY PATIFARIA
8 de Outubro de 2007
Não se consegue mais
distinguir ficção da realidade, se o Congresso é a
câmara de tortura da consciência do eleitor ou se
reflete a mentalidade predominante do país. Se não
reagimos e nos matamos de frustração é porque não
podemos fazer justiça pelas próprias mãos,
apeando-os do poder para roubar-lhes a garantia do
mandato eletivo. Retirando a garantia do seu
emprego, remunerado às custas do derrame de caixa 2,
mensalão, dízimos, propaganda enganosa e seriedade
teatralizada.
Maus atores, que não
respeitam nem suas próprias famílias, com seu
péssimo exemplo, ao estimularem a criminalidade em
setores espertos da população, com farsas, votos
casados para não cassar, bois sem pasto, uns pobres
coitados que caem na esparrela de emprenhar
arrivistas que se aproveitam da fase boa do corpicho
para servir de objeto masturbatório, nas melhores
borracharias e oficinas mecânicas da praça.
Suplentes de senadores
retratam suas mentes intestinas na diarréia
provocada na cara de São Francisco de Assis, ao se
declararem franciscanos. Profanos e asquerosos com
um dos maiores símbolos da humildade de todos os
tempos. Artigo raro no Congresso, nunca antes tão
aviltado por mercadores que merecem ser chicoteados
por um Cristo que dissolva em creolina todos os
messias que ousem transformar o Planalto Central,
onde jaz Brasília, no Monte Olimpo, onde os deuses
gregos não cansam de viver até hoje em nossas
mentes.
Até quando Renan vai
reclamar de invadirmos sua vida privada, sem o menor
respeito à senhora sua esposa, se à gestante lhe
faltou assumir a temeridade alagoana com que
enfrenta os graves problemas nacionais, palacianos e
provincianos? Apegado ao trono, saboreando um
sururu, tem direito aos seus quinze minutos de fama
de um calígula. Aprendeu com Collor, refinou-se como
ministro da Justiça de FHC e regrediu ao coronelato
com Lula. Com uma carreira dessa, só pode dar
barato, para se alienar da frustração de latin
lover, o grande amante que foi fundo e ficou na
superfície.
Essa é a doença venérea
de nossos políticos, se aprofundam para serem
eleitos e quando chegam no topo, se tornam
sarrabulho, o sangue pisado do porco, misturado com
a gordura e os miolos de vossas excelências
macilentas, no bate-boca que é a pura mixórdia. Onde
já se viu damas de quermesse, como o deputado Mabel,
servir rosquinhas para matar a fome de colegas que
até as altas horas da noite não decidem de que lado
vão ficar?
Depende. Por quanto se
vender. Sob o império da lei de quem dá mais é o meu
patrãozinho. Pra que reforma política? Time que está
ganhando, não se mexe.
Representam a encarnação de todas as betes.
Elizabeth, a rainha, Betty Pop, Bete Davis, Bete
Balanço e Betty Patifaria.