SOLDADO MAL PAGO
É PRESA FÁCIL DA CORRUPÇÃO
4
de Fevereiro de 2008
A discussão é antiga, a ética
é una e vale pra todos ou varia conforme a cara do
freguês?
O povo que está por baixo ou
é mal pago, não tem outro destino: inevitável furtar o
bolso alheio. Tirar de quem é mais forrado para corrigir
a injusta distribuição de renda. De que jeito? Fazendo
concurso para se tornar meganha e recuperar o prejuízo
como cidadão malnascido. É tiro e queda, logo no
primeiro ano. Cordão de ouro com corrente grossa, se não
for um alinhado Blazer para circular no funk. Afinal de
contas, todo homem tem seu preço, reconhecem éticos que
não agüentaram o rojão e se converteram à banda podre.
A banda podre atrai as más
companhias e depena a pouca credibilidade da Polícia
Militar do Rio de Janeiro, poderosa e consciente de seu
fim justificar os meios em como derrubar o governador,
se meterem a mão na sua chacrinha. Flagrados roubando
engradados de cerveja e sequer são demitidos, porque
comparados a irrelevantes ladrões de galinha. Acusados
de receberem o seu no negócio de drogas, soltam fogos de
artifício saudando a Justiça por tê-los livrado da
cadeia e encontram compreensão no comandante exonerado,
inspirado no desejo incontido que a liberdade provoca.
Quando não ingressam no ramo empresarial de transportes,
com vans disputando espaço com os ônibus e
congestionando as ruas, organizados em cooperativas que
se associam aos traficantes de drogas, encarregados de
pôr fogo em linhas de ônibus que perturbem o mercado e
garantindo o pedágio que os torna sócios do negócio - a
famigerada sociedade de polícia com bandido. Quando não
se estabelecem em milícias que se apoderam de favelas,
liquidam com o tráfico, controlam a economia local com
mão-de-ferro e são eleitos pelo povo.
O
motim travestido de movimento por melhores salários
encontra apoio forte e seguro do banditismo e de 330
policiais presos por falcatruas em batalhão prisional,
ao decidirem entrar em greve de fome em solidariedade.
Quando o ex-governador e ex-secretário de Segurança
Garotinho já havia desmoralizado a greve de fome com sua
pança de respeito. A mesma exibida por PMs em
patrulhinhas, no ato de descolar quentinhas nos melhores
restaurantes da praça. Trocando comida por segurança. |