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FAÇO O QUE VOCÊ QUISER

 

26 de Fevereiro de 2007

 

Uma frase corriqueira no universo das prostitutas. Um ato de ousadia, se dito num relacionamento. Como um recurso para atraí-lo mais, se a relação estiver capenga. Ou mesmo seduzi-lo para aumentar o tesão. Resgatar alguma energia perdida que coloque em perigo a vontade de procurar o outro. Isso deixa o homem surpreso e inseguro com a dimensão de tanta entrega. Chega ao cúmulo de desvalorizar a confissão. “Faço o que você quiser” é típico de uma submissa, tamanho o orgulho de quem não lida bem com o afeto estreito.

Os homens adoram falar “faz o que você quiser comigo”, um sinal aberto à entrega à sexualidade. Como bem lhe aprouver, num descompromisso total e absoluto e na certeza de que nada será condenado nele. Não existe homem prostituto, a não ser que se torne gay.

“Faço o que você quiser” só adquire significação e grandeza na boca de uma mulher. Pois o homem banaliza e escarnece, quando não explora. Por outro lado, por mais que a mulher, com seu coração de mãe, queira fazer de tudo, ela encontra uma limitação: não possui pênis. E, se ele não funciona, o sexo pára. “Faço o que você quiser” cai no vazio e a bandeira desfraldada pela mulher tem de ser recolhida.

A segunda limitação que a mulher enfrenta é quando o homem mente a respeito de “faz tudo que você quiser comigo”. Enquanto ela, como gueixa, atender ao paxá, tudo bem. Mas se ousar acariciar o ânus poderá encontrar uma forte reação. Assustado, se depara com a aproximação de caráter gay, embora o lado de lá seja inofensivo. O agrado visa a incrementar o clima de amor. Se vai pôr lenha na fogueira, só o próximo capítulo dirá. E ele não quer saber desse tipo de brincadeira. Para que arriscar, se tem tantas outras atrações? Ainda mais que a mulher que consegue invadir esses domínios com maestria costuma despertar desejos inconfessáveis. A serem satisfeitos com ela, obviamente. Então, por que não permitir, que mal lhe pergunte?

Todo cuidado é pouco, há que examinar a folha corrida da belezura. Se foi a sua mulher quem deu o pontapé inicial, é bom indagar de suas intenções. “Faz o que você quiser comigo” cai no vazio e o homem tem de engolir em seco.             Restou incólume o romantismo do “faço o que você quiser”, numa demonstração de que eu estou fechado com você e que eu te amo.

 
Antonio Carlos Gaio
 
 

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