A EXIBIÇÃO
DA MULHER INIBE O HOMEM
25 de Fevereiro de
2008
Aconteceu o que mais se temia, visto pelo
ângulo do desequilíbrio ecológico.
As mulheres precisaram se libertar tanto que
acabaram por encolher o homem. Falta homem na praça. Nas gafieiras, se
pensa em alugar cavalheiros, para as damas ticarem uma comanda e pagarem
a hora-dança.
Mulher que encara a noite sozinha deixou de
ser vadia no entendimento dos garçons. Não há mais nada que se possa
proibir a mulher de ser, basta ela querer, mesmo porque ele não está
dando conta do recado, quando ela não se sai melhor. A outrora brilhante
mente masculina, que se masturbava com estratégias, sequer consegue
descarrilar esse trem.
Além do que, é muita exibição por conta dessa
brilhante performance, é silicone nos peitos, lipo na barriga, lábios
engrossados, bunda arrebitada, malhação e o cacete a quatro, não
restando ao homem senão se inibir e proteger tudo o que lhe sobrou, bem
acondicionado na folha de parreira do pai Adão. O rei ficou nu, posto
fora de cena por falta de talento para lidar com a situação, que exige
alma e verdade, aposentando a astúcia.
Para não passar vergonha, finge que está de
passagem no planeta e que, a despeito de todas as convulsões que a mulher enfrenta na
sua renovação, engrandecimento e revitalização, ele não tem nada a
declarar, pois se nem é mesmo o pai da criança.
Muito pelo contrário, ele a considera
responsável pelos males crescentes que agridem a próstata, o câncer
comandado por controle remoto para desmoralizá-lo. Encurtar seu poder de
fogo equivale a uma declaração de guerra, daí a sumir de maneira
sub-reptícia e se ausentar do front para deixar a mulher sozinha diante
de si mesma como um todo feminino. Ela não vai ter coragem de assumir
que não precisa de um homem.
É a vingança de quem se julga ainda um deus
colhido na contramão da História. Afinal de contas, o bom cabrito não
berra e age como um rato na calada da noite.