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CAPÍTULO CXCIII – NADA PERSISTE OCULTO QUE UM DIA NÃO SEJA REVELADO

Temos ouvidos para ouvir e olhos para ver, mas não escutamos as vozes nem enxergamos o que provém do Grande Além, atribuindo a lendas a separação das águas do Mar Vermelho para dar passagem ao povo hebreu em busca da Terra Prometida, em andança durante 40 anos, sob a liderança de Moisés. Como duvidar do Código de Hamurabi (1.772 a.C.), um conjunto de normas morais e básicas para se governar uma sociedade, ditadas pelo próprio rei, em transe? Se descumpridas, implicavam em penas correspondentes ao peso do delito (olho por olho, dente por dente). Os milagres da Igreja Católica, a aparição e as revelações de Nossa Senhora de Fátima em Portugal. “Meu cérebro é apenas um receptor”, faço minhas as palavras do médium e inventor Nikola Tesla, tudo saindo exatamente como ele planejava. O gênio universal de Leonardo da Vinci dominou todos os conhecimentos científicos de sua época, mas sua mente o lançou à frente de seu tempo – “a verdade é filha do tempo”. Einstein disse que a lei da relatividade lhe viera por intuição, o mecanismo do descobrimento não é lógico nem intelectual e sim uma iluminação súbita, quase um êxtase; depois a inteligência decerto analisa e a experimentação confirma a intuição. Reclamavam dele ser esquisito, anormal, egoísta, mas é que pressentia a necessidade de isolamento diante da iminente abertura de enigmáticos canais de comunicação: “penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio, e eis que a verdade se me revela.” Coerente com o que o Mestre Jesus anunciou: “nada persiste oculto que um dia não seja revelado”.
Claro está que, à medida que as criaturas de Deus vão evoluindo em intelectualidade, pelo estudo e pelo trabalho, mais inteligíveis vão se tornando as informações que traduzem sua obra. De diversas formas se manifestam, seja através de uma iluminação súbita, seguida de um longo e prévio trabalho inconsciente (no caso do matemático francês Poincaré); acordado abruptamente por um ruído externo, eis que surge uma solução que procurava há muito tempo, sem a menor reflexão de sua parte, e vinda de uma direção bem diferente das que buscara antes (o matemático francês Hadamard); um lampejo de luz repentino e o enigma estava resolvido (o físico e astrônomo alemão Gauss); encontrou uma resolução de modo casual e sem conseguir provar, até descobrir considerações novas e curiosas em grande número (o físico francês Ampère).
Para eu escrever “Parábola de um Novo Tempo”, meditei ao longo da escritura durante 6 anos e saí de meu corpo, por algumas vezes, preso a um cordão umbilical, projetando-me para além do planeta e até me vendo no espaço para observar a Terra redonda, rapidamente me distanciando do meu universo. Até que fiquei com medo de não poder voltar mais, interrompendo de imediato minha viagem e retornando à cama. 15 anos mais tarde, passei a ter conhecimento de que minha comunicação com o meu pai em espírito (meu mentor) seria realizada sem a necessidade dos sinais exteriores da linguagem, tal como o é entre eles espíritos, afora a comunicação psicográfica abarcando toda a minha literatura.
Modestamente endosso, no meu desenvolvimento como escritor nos últimos trinta anos, que também surgiram em mim aptidões, uma tresloucada intuição e caminho aberto para conectar coisas aparentemente impossíveis, que nunca imaginei ser um dia portador desses atributos, cujo objetivo seria me preparar para cumprir meus desideratos literários e estender esse conhecimento a quem quer que tenha programado – nisso deposito muita fé.
A centésima nonagésima terceira intervenção espiritual, em 30 de junho de 2023, se iniciou com cânticos no intuito de abrir caminho para os espíritos curadores, prosseguindo com a leitura de “Vinha de Luz”, 101 (“Ouvistes?”), de Chico Xavier pelo Espírito Emmanuel, e estudo preliminar do capítulo 4 (“Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo”), itens 18 a 23 (“Os laços de família são fortalecidos pela reencarnação e rompidos pela unicidade da existência”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Embora os laços de família sejam rompidos a todo momento pela natureza efêmera e passageira que caracteriza nossa existência, são igualmente fortalecidos pela reencarnação, quando reunidos pela afeição, simpatia e semelhança de tendências até numa mesma família ou num mesmo círculo, trabalhando juntos para seu adiantamento. Se uns estão encarnados e outros não, nem por isso deixam de se sentir unidos pelo pensamento; os que estão livres preocupam-se com aqueles que estão encarnados, cativos da carne. Os mais adiantados procuram fazer progredir os que se atrasam, já que não mais perturbados pelo egoísmo nem pelo arrastar das correntes da paixão. Ascendentes e descendentes poderão já ter vivido juntos, se amado, cabendo se reencontrarem para estreitar seus laços de uma forma como antes não foi possível.
Mas enquanto perdurar a hegemonia da ignorância no mundo, os princípios de renovação espiritual não serão bem acolhidos e observados, graças às forças das trevas que regurgitam incapazes de maior entendimento e que se sustentam do crescimento do joio ao lado do trigo. Mal suspeitando que a solidão um dia os virá abraçar, fazendo-os dormir ao relento sem o menor calor humano.

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Antonio Carlos Gaio
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