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COPA DO MUNDO DE 2022 – CATAR – BRASIL ELIMINADO DE NOVO NAS QUARTAS DE FINAL

Não ganhou o melhor. Se der sorte no tempo normal, a Croácia marca um golzinho mas, na verdade, ela procura levar as decisões da Copa para os pênaltis: é a sua maior atração, pois bate frio e muito bem. Vai acabar repetindo o grande feito de 2018, quando avançou à final de pênalti em pênalti – só falta agora a semifinal contra a Argentina. Brasil e Croácia foi um jogo de xadrez, tal como a camisa da Croácia, que jogou melhor o primeiro tempo, conseguindo amarrar o time brasileiro, mas, no segundo tempo, o Brasil criou umas duas ou três chances que bem poderiam ter sido o gol da vitória. Pura ilusão. Aos 15’ dos 30’ da prorrogação, o gol espetacular de Neymar entrando pelo meio da área e passando em velocidade por entre vários adversários não evitou que a Croácia empatasse aos 26’ com um chute mascado de Petković que resvalou em Marquinhos (Pet não marcava pela seleção desde maio de 2020). Não existe falta de sorte no futebol, o que prevalece é o tirocínio, competência, habilidade, inteligência, concentração e sangue-frio. Croácia eliminou o Brasil nos pênaltis por 4×2, punindo o Tite por incompetência, que substituiu no 2º tempo logo o Vini por um Rodrygo, que não disse a que veio nesta Copa e ainda cobrou o primeiro pênalti igualzinho aos espanhóis fracassados. Neymar, emérito batedor, não chegou a ir para a 5ª penalidade, já havíamos sido derrotados.
Acabado o jogo, Tite se retirou imediatamente para o vestiário, pouco se preocupando com o fairplay de cumprimentar o técnico contrário e muito menos com seus comandados chorando em prantos, depois deles terem ensaiado uma infinidade de dancinhas para comemorar a enxurrada de gols que certamente fariam. Tite protegia Gabriel Jesus e Firmino, tinha má vontade com Vini e convocou mal os laterais Danilo e Alex Sandro. Desde que fomos campeões do mundo em 2002, estamos sendo eliminados nas quartas desde 2006 (pela França), seguido por 2010 (Holanda), 2018 (Bélgica) e 2022 (Croácia), exceto na semifinal em 2014 (pela Alemanha no famoso 7×1). Pelo menos, varia, né! Nossa credibilidade no futebol afunda pouco a pouco, seja pela elevação de nível de outras seleções, seja pela Maldição do Brasil, que também atinge, machuca e humilha nossas cores.
A Argentina vem subindo de produção jogo a jogo desde o vexame contra a Arábia Saudita. Messi, aos 35 anos, no ocaso de sua carreira, vem fazendo sua melhor Copa, dentre as 5 que disputou. Um dos gols, de pênalti magistralmente cobrado por Messi. O outro, de Molina, com Messi o servindo genialmente, sem sequer olhá-lo para saber onde estava, com sua visão extraterrena. Argentina 2×0 Holanda. Até que o técnico marrento Van Gaal pôs em campo, no final da partida, só galalau para fazer gol de cabeça em bola centrada na área, e conseguiu empatar no último minuto do período dos descontos. Argentina 2×2 Holanda. Será que Brasil e Croácia se repetirá? Na prorrogação, a Argentina foi melhor e merecia passar à semifinal com bola na trave e chances perdidas, predominando como na maior parte do tempo normal. Nos pênaltis, o goleiro argentino Emiliano Martínez pegou logo os dois primeiros e liquidou a Holanda.
Marrocos eliminou Portugal por 1×0 jogando todo na defesa, como sempre, e indo com tudo ao ataque somente em ligeiras pontadas. Só levou um gol (e contra) até agora e se tornou o primeiro país africano (e muçulmano) a avançar até as semifinais na história das Copas. Mas podem falar o que quiserem, Marrocos mandou embora da Copa a Bélgica (auxiliada pela Croácia), Espanha e agora Portugal. No seu grupo, empataram com a Croácia e ambos se merecem em matéria de futebol feio e de antijogo. Os portugueses só vieram à Copa para golear os suíços. Essa nova geração não disse a que veio e adeus Cristiano Ronaldo!
Harry Kane, o maior craque da Inglaterra, foi o responsável pela eliminação de seu país, ao perder o segundo pênalti na partida (no primeiro ele converteu) diante do goleiro Lloris, seu companheiro no Tottenham, que sabe muito bem qual o seu estilo de cobrança. Chutou nas nuvens, típico de quem está nervoso e fora de si, não sabendo o que fazer. A Inglaterra predominou em quase todo o jogo e perdeu muitas chances, mas a França dá a impressão de que consegue os gols na hora que precisa: Tchoumeni abriu o placar aos 16’ iniciais e Giroud aos 32’ do 2º.
França e Inglaterra, o melhor jogo da Copa até agora, que nos fez esquecer as atuações muito chatas da Croácia e de Marrocos. E o mais eletrizante, Argentina e Holanda. A maior torrente de lágrimas derramadas em Brasil e Croácia.

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Antonio Carlos Gaio
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