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ISRAEL EM FALÊNCIA MORAL

Se Moisés livrou os judeus da escravidão do faraó Ramsés há cerca de 3.300 anos atrás, martírio que outras potências hegemônicas quiseram lhes impor sob diversos matizes, além do Holocausto promovido pelos nazistas alemães que exterminaram milhões de judeus, eis que, finalmente, o povo israelita, de posse de seu país imposto aos palestinos e aos árabes em geral, alvo de um covarde ataque terrorista desfechado pelo Hamas, resolve dar o troco em definitivo. Empurra os palestinos para fora da faixa de Gaza com constantes bombardeios de modo a irem formar um gueto no mesmo Egito de onde os judeus saíram em busca da Terra da Promissão na antiga Palestina, hoje Israel, a grosso modo. Os judeus consumiram quarenta anos para encontrar a terra prometida ao povo escolhido de Deus, segundo acreditam, embora se duvide que a tenham localizado. Lembra muito a descoberta do Brasil por acaso. O gueto em vias de formação também lembra o gueto em Varsóvia posto em prática pelos nazistas para isolarem os judeus, antes de os encaminharem para os campos de concentração e os aniquilarem nos fornos crematórios. Como a História dá voltas e nos faz cair em contradição quando se repete para nos ensejar a não usar do mesmo para vencer desafios postos no nosso caminho justamente para nos testar. Como pode rechaçar e considerar inimigo quem já foi conterrâneo, natural da mesma região, e até muito próximo e amigo em priscas eras? Como todo esse imbróglio será ensinado nas escolas judaicas se a História do povo de Israel remonta ao Velho Testamento? E, por isso mesmo, já faz jus a estudos aprofundados de sua civilização, de sua evolução e de seus caminhos pelos quais escolheu o seu destino. Um futuro que nunca chega, à espera de que baixe o santo de seu Messias aqui na Terra, nos dando a impressão de que ainda não é a hora de aqui encarnar. Acontece que a situação de Israel começa a se complicar, ao se investir no mesmo papel que sempre condenou nos seus algozes e carrascos, progressivamente perdendo a identidade por que tanto zelava. Não adianta culpar os inimigos, urge escrever outra História, que terá sempre de passar pela paz, compreensão e convivência pacífica, se sua sociedade é cinco mil vezes milenar. Senão mergulhará num mar morto repleto de lugar-comum, que costuma abraçar civilizações hoje sepultadas, quando se distanciaram de seu legado, a exemplo da inconsciente Israel, a reproduzir ditaduras, o modus operandi de ações nazistas, igualando-se à Rússia de Putin com seu poder destrutivo, e até mesmo a facções do Estado Islâmico como um todo. Negando, pior, renegando tudo o que a excelência da cultura judaica contribui para a Humanidade desde os primórdios dos tempos civilizatórios, em todos os campos, seja artístico, científico, econômico, financeiro, com um senso autoral para a criação sem paralelo. A morte de três reféns do Hamas, em rota de fuga, portando bandeira branca, provocada por um jovem soldado israelense sem preparo é a síntese da tragédia anunciada.

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Antonio Carlos Gaio
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