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NON HABEMUS MÁS PAPA

Depois de 600 anos, o Papa Bento XVI será o quinto a
renunciar ao ministério petrino, reconhecendo não só faltar-lhe vigor no corpo,
como também no espírito, aos 85 anos. Ainda mais no mundo de hoje, sujeito a
rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância na luta para
manter o reinado da fé. O considerado “Rotweiller de Deus” não é mais capaz de
suportar esse papel que lhe foi concedido. Não conseguiu se firmar como um
líder político no cenário internacional, a exemplo de João Paulo II. Não
adianta dizer que pediu a Deus para evitar esse destino. Que há recomendações
médicas para não realizar grandes viagens e subtrair-se a elevadas missões.
Defender a família como base da sociedade, muito embora ela já se encontre num
ritmo alucinante de desagregação e refazimento, sendo impossível deter o louco
processo para refletir. A necessidade fala mais alto. Também quanto ao aborto e
à união gay, por mais que o mundo seja conservador e não os aceite. Quando é a
mulher que já decide o destino de sua gravidez, independente do conselho
pastoral. De igual forma, as relações entre pessoas de mesmo sexo. Sua gestão
(hoje o Papa não é mais só um líder religioso) foi marcada por escândalos de
abusos sexuais de clérigos contra crianças que mancharam a imagem do
catolicismo, acabando por envolver o próprio Papa. Quando, nos anos oitenta, à
frente do órgão que sucedeu ao tribunal da Inquisição (espécie de
corregedoria), teria minimizado o comportamento de padres acusados de violação
e de superiores que os mantiveram no sacerdócio, acobertando-os junto às
autoridades civis para evitar processos criminais que atingiriam a reputação e
credibilidade da Igreja. Não adianta se aproximar do povo que o venera por
defender os mesmos pricípios morais. Falta a outra metade da maçã que aumenta a
olhos vistos. Como chama atenção Leonardo Boff, a maior autoridade em
espiritualidade no Brasil. Senão ficará na defensiva em torno de seus
princípios morais, defasando-se, por exemplo, na crítica à camisinha, que
impede, entre outras coisas, o contágio de doenças transmissíveis e a morte. Há
que se lançar ao rebanho e se misturar à massa.

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Antonio Carlos Gaio
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