Por que a gente anda em círculos sem sair do lugar,
girando até ficar tonto de tanto desencontro
de emoção e comportamento?
Por que a gente vai crescendo por fora
enquanto encolhe por dentro?
Reparou como a gente anda com passos violentos
por cima do nosso próprio jardim,
amassando o verde que arde,
cortando os pés nos espinhos,
sangrando em pétalas de rosas carmim?
Quando será que tudo deixa de ser assim?
Haverá um “sim” que perpetue minha essência
em transcendência aos muros
que cresceram dentro de mim?
Ou é do destino da gente ser assim indigente,
perambulando nas ruas sem casa,
admirando a lua, sem asas para chegar lá?
Alguém pode me explicar?
Eu sei que há um lugar em que tudo é fácil,
a alegria é tátil, a felicidade, eterna.
É terra que não acaba mais.
Não é preciso nem olhar para trás,
porque tudo ficou aquém deste ideal de perfeição
que sacia no dia, de longe, magia.
Sabe onde é esse paraíso?
Ele mora na teoria.
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