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3ª GUERRA MUNDIAL, A PRÓXIMA ATRAÇÃO DA INCONSEQUÊNCIA HUMANA

Por que a raça humana não se ajusta dentre os seus e necessita frequentemente entrar em guerra uns contra os outros? Nunca consegue acertar suas diferenças. Se ao menos fosse uma insubordinação, uma revolta dos pobres contra os ricos, contumazes em diminuir a renda dos desvalidos e no acúmulo do patrimônio para aumentar suas riquezas, ainda vá lá.
Agora se anuncia uma 3ª Guerra Mundial entre os Estados Unidos, tomando o lugar dos cruzados (potências cristãs europeias e o papado entre 1095 e 1492), e os muçulmanos, representados pelos persas, hoje Irã. O motivo seria os Estados Unidos estarem se especializando em abater afamados líderes terroristas árabes através de drones. A retaliação foi prometida e hasteada a bandeira vermelha significando vingança (sangue), desde os primórdios islâmicos na Idade Média.
A contenda irá reproduzir o embate do mais forte contra o mais fraco entre David e Golias, Israel e palestinos, nações colonialistas e tribos africanas para arrebanhar escravos, império romano e os seguidores de Spartacus, dentre alguns exemplos.
Mas Trump não engana ninguém, só ao eleitor do Bolsonaro. Ele deseja retirar o foco do impeachment para realizar seu projeto de poder com mais um mandato, tornando a América maior, não só dentro de seu país, como também no planeta inteiro. O propósito imperialista, que não é de hoje e atrai lucros, dividendos e interesses em cima de interesses. Já que é inevitável conter a China, que irá superá-los em breve com um modelo exploratório em que exporta sua população de mais de um bilhão de chineses e empresta seu capital vendendo seus serviços para dotar países, futuros amigos e aliados, com uma infraestrutura à altura da modernidade: mobilidade urbana, vias de comunicação, acesso à água, saneamento básico, o fim da miséria.
Em matéria de explorar, Trump enxerga longe. Fingindo-se incomodado com o tosco do Estado Islâmico, a ponto de ter se unido com o Irã e o mundo árabe para expulsá-lo do Iraque, da Síria e do Curdistão, agora pode descartar a grande nação persa, cujo poderio se tornou um pesadelo desde os tempos do aiatolá Khomeini. Se todos os países árabes fossem como a Arábia Saudita, que negocia sua dignidade com o mesmo modus operandi da sua vasta produção de petróleo, não haveria problemas com as ameaças da bomba atômica e do aniquilamento de Israel que provêm dos xiitas iranianos.
Sua estratégia é de contra-atacar conforme o Irã reaja depois do assassinato do general Soleimani. Trump deu pretexto, mas não deseja uma guerra aberta. Não apresentou provas quanto ao que Soleimani teria planejado ou executado. Convoca a Otan, a quem já chamou de instituição falida, a se incorporar em mais uma escalada no front árabe. Mente, trapaceia, intimida com uma lista de prédios e monumentos históricos da velha Pérsia a serem destruídos, como se fosse um talibã ou um terrorista qualquer.
Como a inteligência de Trump é voltada para o mal, seu discurso atraiu Bolsonaro – maldade é com ele mesmo. Interrompeu seu árduo expediente presidencial, assistindo Trump através da Globo News, emissora que constantemente insulta, fazendo questão dessa jogada de marketing ser transmitida ao vivo. Se pudesse, diria: como se aprende com o mestre Trump! A manipular, a dizer uma coisa e desmenti-la em seguida, a voltar atrás se descoberta a trapaça, a divulgar falsas versões, a difamar habitualmente, sem jamais temer pela memória de sua mãe.
Pouco importa a essas sumidades do cafajestismo se uma 3ª Guerra Mundial eclodir e daí decorrerem milhões de vítimas. Blefam como se estivessem numa rodada de pôquer. Pouco se lhes dá se uma floresta arde em chamas por meio do ato criminoso da queimada ou por falta de medidas preventivas que evitem o aquecimento do planeta. Seja oriundo de países de 1º Mundo ou de gente retardada que elege esses piromaníacos, pondo fogo em suas próprias vestes. Ou se, no percurso, um míssil iraniano destinado aos americanos atinge em cheio um avião com 176 passageiros e os carboniza, tritura e transforma em pó.
Pura insanidade no equilíbrio que deveria vigorar no planeta Terra.

Antonio Carlos Gaio:
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