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A ÉTICA É PRA TODOS OU CADA UM TEM SUA ÉTICA?

Jarbas Vasconcellos integra a linha da frente suprapartidária de combate à corrupção e à impunidade. É um dos que partidariza a questão e que está pouco se importando se Dilma irá ou não ficar sozinha na faxina ética. Se, segundo o senador, a corrupção é uma herança maldita que veio de Lula e da qual ela participou porque foi Chefe da Casa Civil, presenciando o presidente passar a mão na cabeça de corruptos, conviver bem com os mensaleiros, amparar e defender os aloprados e sair em defesa de Sarney. Quando Jarbas Vasconcelos já fez aliança com seus antigos adversários pefelistas para conquistar a governança de Pernambuco em 1998 e 2002, os mesmos que herdaram o ideário econômico-social da ditadura, época em que Jarbas, como fiel ao MDB histórico, personificava a esquerda que combatia essa direita considerada corrupta e capacho dos militares. Hoje, Jarbas Vasconcellos continua no seu PMDB querido, partido esse acusado de corrupção instalada em tudo quanto é lugar, o que, mesmo assim, não o faz bandear-se pro lado dos tucanos, sua verdadeira praia. Quer coisa mais infiel, quinta-coluna e oportunista? Para simplesmente apostar no conflito entre Lula e Dilma na disputa pelo poder em 2014 e o PSDB se infiltrar – igualzinho ao que o amado Serra apregoa. É puro reflexo do despeito por ter perdido terreno em seu outrora domínio eleitoral, ao ficar teimando que o Brasil de Lula não mudou, perdido nos desvios éticos. Pelo visto, cada um tem sua ética.

Categories: Política
Antonio Carlos Gaio:
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