Se a goleada da Holanda sobre a Espanha e a eliminação da Espanha da Copa do Mundo no Maracanã diante do Chile foram as maiores surpresas, eis que surgiu, como maior ainda, a classificação antecipada da Costa Rica para as oitavas com duas vitórias insofismáveis sobre as duas campeãs do mundo, Uruguai (3 x 1) e Itália (1 x 0), e, de quebra, eliminando, por antecipação, outra campeã do mundo, a Inglaterra. Tudo isso justamente no grupo da morte em que se discutia de quanto a Costa Rica iria perder dos campeões do mundo de sua chave. Sem jogar defensivamente, apenas compactamente armada lá atrás para sair em ataque rapidamente. Quando recuava, não se esquecia de atacar. A Itália decepcionou completamente, sem a menor penetração ao atacar. Costa Rica assim se junta ao Chile e Colômbia (também já classificados), formando o bloco dos países latino-americanos que não estão na linha de frente (composta por Brasil, Argentina e Uruguai), sentindo-se inteiramente à vontade no Brasil, como se estivessem em sua casa, em seu país, parecendo que sua torcida deslocou-se de sua terra para a nossa, que é a terra de todos. Algo que os vira-latas não poderiam prever, ainda mais com sua particular e estreita visão.