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CAPÍTULO IX – DAR A MÃO AOS DESNORTEADOS É O VERDADEIRO ATO DE AMOR

Com o meu segundo cérebro diminuído em sua extensão, não adianta eu ficar minimizando ou disfarçando algum problema ou mesmo dizer para mim mesmo que estou bem, se o intestino capta a energia negativa e reage não me deixando margem para eufemismos ou mentir para mim mesmo. E quando o intestino reage, não há ninguém que possa calar sua boca.
Depois que o câncer foi extirpado e o intestino encurtado, os aborrecimentos aceleraram o trânsito intestinal e geraram problemas no seu funcionamento. Mas não são todos os aborrecimentos. Quais deles? Eis a questão. Também descobri recentemente que, tal como os aborrecimentos, quando a conversa envereda para um assunto pesado ou a pessoa não tem habilidade para expor seu ponto de vista, abordando minha natureza de forma intromissiva ou inadequada ou sem ter o menor cuidado com minha sensibilidade, desregula o intestino. O que fazer, se sempre incentivei curiosos a invadirem meus domínios e eu me tornei hipersensível com a cirurgia?
Pensamento, sentimento e emoção são vibrações que criam um transtorno sobre a matéria em que são projetados; por essa razão precisamos tomar cuidado com o que pensamos e sentimos. O alimento que ingerimos é importante, mas as emoções são o alimento da alma e esse alimento influencia completamente nossa saúde e nosso destino.
A nona intervenção espiritual, em 27 de novembro de 2015, se iniciou com cânticos para abrir caminho para os espíritos curadores e a leitura do item 27 (“Deve-se pôr um fim às provas do próximo?”) do capítulo 5 (“Bem-aventurados os aflitos”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
É muito difícil assimilar que estais na Terra de expiações para concluirdes vossas provas, se tudo que vos acontece é uma consequência de existências anteriores, sendo o peso e a obrigação da dívida que tendes a pagar. Difícil por não ser palpável ou não se lembrar do que aconteceu em vidas passadas. E se você foi escolhido como instrumento de alívio para cicatrizar as chagas que a Justiça Divina abriu em outrem? Pondo-o a estudar os meios à sua disposição para suavizar o sofrimento de seu irmão, seja o apoio material ou ajudá-lo a transpor os obstáculos com ânimo, paciência e resignação ou mesmo, se está em suas mãos, deter o mal e parar com esse sofrimento, substituindo-o pela paz de espírito.
A melhor forma de nós expiarmos os inúmeros passos em falso é empregar todos os esforços para suavizar a expiação dos que cruzam nossas vidas, segundo a lei do amor e da caridade, regulada pela boa vontade com o próximo. Ajudar a quem precisa é o verdadeiro ato de amor, ainda mais aos que se encontram perdidos ou desnorteados. Além de exultar de felicidade a quem deu a mão.

Antonio Carlos Gaio:
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