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CAPÍTULO XV – O OBJETIVO SUBLIME DA PROVAÇÃO HUMANA

Como saber que a biologia do estresse pesou sobre o aparecimento e evolução do meu câncer? Se não sou propenso à depressão nem a desânimos. Segundo David Servan-Schreiber, as células cancerosas se comportam como bandos armados que atacam sem dó nem piedade, liberadas das imposições de vida em sociedade que caracteriza um organismo em boa saúde. Escapam aos mecanismos de regulação dos tecidos com seus genes anormais perdendo a obrigação de morrer depois de um certo número de divisões, tornando-se, portanto, “imortais”. Fazem-se de surdas aos sinais dos tecidos circundantes que, alarmados pela falta de espaço, lhes pedem incessantemente que parem de se multiplicar. Pior, se intoxicam pelas substâncias particulares secretadas pelas células cancerosas. Esses venenos criam uma inflamação local que estimula ainda mais sua expansão em detrimento dos territórios vizinhos. Finalmente, como um exército em campanha que precisa assegurar seu abastecimento, as células cancerosas requisitam os vasos sanguíneos das proximidades e os obrigam a proliferar para formar uma nova rede a fim de fornecer o oxigênio e os nutrientes indispensáveis ao crescimento do que vai rapidamente se tornar um tumor. Esses bandos selvagens podem se desorganizar e perder sua virulência, quando o sistema (células) imunológico se mobiliza contra elas ou o corpo se recusa a produzir a inflamação (por meio da nutrição, do exercício físico e da gestão emocional) ou os vasos sanguíneos se negam a se multiplicar e a assegurar o abastecimento indispensável à sua progressão.
A décima quinta intervenção espiritual, em 4 de março de 2016, se iniciou com cânticos para abrir caminho para os espíritos curadores e a leitura do item 6 (“O advento do espírito de verdade”) do capítulo 6 (“O Cristo Consolador”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Nada está perdido, nossos suores e nossas misérias formam o tesouro que deve nos tornar ricos em esferas superiores onde a luz substituirá as trevas terrenas. Aqueles que carregam seus fardos, em vez de reacender novas revoltas, procurem descobrir o porquê de sermos constantemente sobressaltados por provações, que não objetivam somente nos testar conforme tanto imaginamos, mas também nos pôr no caminho para efetivamente corrigir nossa conduta de aspectos que vêm trazendo maus resultados por se repetirem na inconsequência, na irreflexão, na equivocada compreensão dos fatos, e assim melhor interagir com os outros – esse o objetivo sublime da provação humana. Valei-vos do amor, cativos da vida, já que lançados aqui um dia, simples e ignorantes, possam se tornar melhor, muito melhor do que antes, ao modelar vosso frágil barro de modo a vos converter em artesãos de sua própria imortalidade!

Antonio Carlos Gaio:
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