Com que moral FHC fala de herança maldita de Lula, se entregou o país sob intervenção do FMI e sob a ameaça do apagão? Se o seu Brasil à mercê da privatização findou quase insolvente e o Brasil de Lula/Dilma bate recordes impensáveis de reservas cambiais (US$352 bi)? É muito desprezo pelo povo falar de herança maldita, se a aprovação de Lula mantém-se em alta em reconhecimento ao país ter se tornado menos desigual com 40 milhões de pessoas ascendendo à classe média. Como FHC pode acrescentar veneno à crise moral na era Lula, se o mensalão tucano foi a origem e o laboratório do mensalão petista, segundo o carrasco Joaquim Barbosa? Se FHC caiu na tentação de mudar a Constituição para prorrogar seu mandato, inspirando Chávez a fazer o mesmo anos depois? Se comprou votos de deputados para conseguir realizar o seu sonho dourado de manter-se mais tempo no poder? Se o que não deixa o idoso presidente dormir em paz é o seu velho ressentimento de ver o Brasil de Lula mais respeitado no exterior, graças às suas posições firmes no cenário internacional e à sua economia crescer de importância. O confronto entre o PhD em teorias e o operário que venceu na vida como presidente.