“Ah, ah, uh, uh, o Maraca é nosso!!!” deveria ter sido cantado em louvor ao Santos de Pelé na inesquecível década de 60, onde além do nosso futebol-arte imperar no mundo, de 1958 a 1970, o Santos levava ao Maracanã uma média de público acima de 100 mil pagantes, maravilhados por assistirem exibições de Pelé, Coutinho, Pepe, Zito, Lima, Dorval, Mengálvio, Gilmar e Mauro, quando lá se sagrou bicampeão mundial de clubes perante o Benfica e o Milan. Ao optar por jogar a Libertadores da época no Maracanã, ao invés de na Vila Belmiro, para enfrentar os temíveis times argentinos e uruguaios, deliciou a torcida carioca e tornou o Maracanã no seu palco, sendo justo reconhecer a hegemonia do Santos como o maior campeão do futebol brasileiro e de Pelé com 6 títulos conquistados. Diferente, muito diferente, de Adriano agora posar de Papai Noel distribuindo cestas básicas na pacificada Vila Cruzeiro, quando em outros tempos adorava frequentar a barra pesada do lugar onde nasceu e não haver a menor incompatibilidade com os traficantes que dominavam a favela, a ponto de fazer apologia do Comando Vermelho e aparecer empunhando um fuzil, para depois alegar que seria de brinquedo.