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O MST DEVE DIZER QUEM É NA CPI EM SUA HOMENAGEM

Já que a CPI da Petrobras foi derrotada pelo rolo compressor do pré-sal, chegou a hora de criar a CPI do MST. É melhor transferir a arena dos latifúndios que o MST invade para o Congresso. E enfrentar seus verdadeiros inimigos: o bloco dos ruralistas e do agronegócio, cuja sublegenda é o desmatamento. Na nação com a maior concentração de propriedade de terra do mundo – cerca de 1% de todos os proprietários controla 46% das terras. Discutir se é justo ocupar vastas áreas que pertencem à União, objeto de litígio judicial, e que foram indevidamente apropriadas por grandes empresas, enquanto se alega que falta terra no país de proporções continentais para assentar trabalhadores rurais sem terras. Se não é ético se apossar de fazendas cuja forma de exploração ainda se encontra na idade da pedra ou em regime de escravidão. Se o MST é violento ou os inimigos da Reforma Agrária querem criminalizar o MST, em defesa dos interesses do agronegócio e dos que controlam a terra. Mas o objetivo da CPI é tão somente investigar o repasse de recursos do governo e de fontes internacionais ao MST, para acusar Lula de mentor dos conflitos agrários e de invasor da propriedade privada. Por que o MST não aproveita a CPI em sua homenagem para invadir o Congresso com suas ideias?

Categories: Política
Antonio Carlos Gaio:
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