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OS ÚLTIMOS MINUTOS DE KADAFI

A 200 metros do comboio recém-bombardeado, os soldados de Kadafi se dividiram entre entregar seu líder aos rebeldes, acenando uma bandeira branca, ou prosseguir disparando. Os abutres, que violaram mulheres e mataram crianças, começaram a colocar suas armas no chão enquanto Kadafi virava moeda de troca para se manterem vivos. Esperar ética de jovens civis armados perante um kadafi que mandou bombardear aviões com centenas de passageiros é muito desespero! Que fosse clemência! Ou o indefectível medo de morrer, que acovarda até o rei dos reis, como Kadafi se autodenominava, em menosprezo a outros que tratava como a um rato. Quando o rato não merece ser usado como o símbolo de insignificância, tamanho o seu instinto de sobrevivência. O que por demais faltou a Kadafi, possuído pela autossuficiência e soberba, trazido à realidade no macabro espetáculo de linchamento que antecedeu sua execução. Ou a morte natural provocada pelo desgosto de ter sido abusado sexualmente. Kadafi não deveria desconhecer até onde vai a vingança na alma muçulmana.
Categories: Croniquetas
Antonio Carlos Gaio:
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