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“TUDO NA VIDA TEM LADO, SÓ MARINA QUE NÃO”

Essa frase de Antonio Veronese é o melhor contraponto já bolado à Marina pretender governar com PSDB, à sua direita, e PT, à sua esquerda. Sem pender para um lado. Sem optar. Sem escolher qual apito toca. Como um deus soberano ou uma imperatriz. Como é magnânima! Não discrimina ninguém, apenas cercada dos bons, mas longe da excrescência dos partidos políticos. Até seu próprio partido, o PSB, que já anda preocupado com a ocupação do poder, está inseguro com Marina: “Vai ser difícil negociar com a Marina, pois ela não irá lotear cargos, e a candidatura é nossa!”.  Quando tudo na vida tem lado. Até o PSDB, outrora identificado como coluna do meio por não ser de direita nem de esquerda, bateu o martelo depois das privatizações e escolheu o conservadorismo paulista e o endosso às determinações da FIESP e da mídia. Quando existe uma lei natural ao se sentir pressionado por não gostar do modo como a política é feita e caso opte por não escolher nenhum lado, facção, dissidência ou mesmo partido, por não se ver representado: você não é nada ao se tornar apolítico em função de detestar tudo que é politicagem e chicana, ao se eximir de exercer o seu direito de cidadania. Quando a política rege tudo na vida, desde que o mundo é mundo. Não adianta negá-la, pois não impedirá que as consequências caiam sobre sua cabeça. E o que Marina tem a ver com tudo isso? Ela também não tem lado e quer representar essa massa de excluídos que não se sente ouvida ou respeitada por um Presidente que é refém do Congresso. Estratégia essa que está atraindo muitos eleitores, mesmo sem eles terem total consciência, mas que não explicita qual caminho Marina irá trilhar, por qual lado irá pender, que ideologia escolheu, já que o Caminho do Meio somente é destinado aos iluminados.
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Antonio Carlos Gaio:
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