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2017 – O QUE SERIA DO NATAL SE NÃO FOSSEM AS CRIANÇAS?

O Natal cada vez mais pertence às crianças, a despeito de também ser uma mega oportunidade para compensar a assistência social e a atenção aos miseráveis que faltam no ano inteiro.

O fascínio pelos brinquedos enche os olhos de lágrimas de qualquer adulto com tamanha alegria, fazendo-o pensar nos dias em que também já foi assim.

Até descobrir que Papai Noel não existe e adentrar em outra realidade.

Despertado pela sensação desagradável de perceber que foi enganado pelos pais e pela família reunida em torno da árvore de Natal, das rabanadas, castanhas, fios de ovos e do igualmente coitado do peru natalino.

Uma verdadeira e proposital decepção para atestar se o infante é capaz de subir o próximo degrau e aceitar uma comemoração tradicional e religiosa, hoje de quase todas as sociedades, que visa a não lhe fazer mal algum. E sim ao congraçamento e à paz no seio da família, ainda um pouco distante para ele entender.

Embora o preço a ser pago pela criança é ver decrescer o fascínio puro e legítimo decorrente de sua inocência e a delicadeza de sentimentos com que se expressa, quando, por exemplo, uma menina cuida de sua boneca como se fosse sua filha.

Mal sabe ele que, já como marmanjo, se for flagrado em ato de ingenuidade ou no papel de inocente útil, cobrar-lhe-ão em alto e bom som: “Papai Noel não existe!”.

Antonio Carlos Gaio:
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