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A GUERRA DA INFORMAÇÃO

Surtiu efeito. Atingiu a mídia em cheio como resultado da chamada Guerra da Informação. Introduziram no Wikipédia, nas páginas de jornalistas graduados do Globo, o que já vinha sendo noticiado e compartilhado nas redes sociais, ou seja, Miriam Leitão só faz previsões desastrosas e protege Daniel Dantas, Sardenberg é o defensor dos interesses da elite econômica e, conforme vazado pelo Wikileaks, Merval Pereira como informante do governo dos Estados Unidos, assuntando com o embaixador americano as perspectivas de Serra nas eleições presidenciais de 2010, além de destilar seu ódio crônico por Lula. Quem irá ler essas calúnias publicadas na Wikipédia? Uma enciclopédia que se alimenta de colaborações e que fornece um conteúdo reutilizável livre e sujeito a revisão posterior, negando a si própria o caráter de fonte oficial de investigações: qualquer um pode ir lá, editar e enriquecer o acervo. Na Guerra da Informação, as calúnias refletem um nível baixo de artilharia que corresponderia aos foguetinhos do Hamas em contraponto ao poder de fogo de Israel, digo, da mídia, com bombardeios diários durante a campanha presidencial para evidenciar uma situação de descalabro a que o país chegou – estratégia essa que, na Copa do Mundo, a desmoralizou. Fazem uso despudorado de seu poder, de sua fortuna e de sua influência, do abuso à concessão de explorar o negócio, com a desfaçatez de se declararem isentos, quando notórios na parcialidade de escolher seus parceiros como bem entender, sob o álibi da liberdade de imprensa. Só restando às mentes pervertidas dos adversários entrar na Wikipédia para acrescentar comentários desairosos. E a quem não tem nada a esconder por suas biografias ilibadas, ficar fora de si e chamá-los de aloprados reguladores da mídia.
Categories: Croniquetas
Antonio Carlos Gaio:
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