Dividida entre diminuir a fila dos condenados no corredor da morte e sustentar assassinos e estupradores que vagabundeiam em prisões perpétuas, a Suprema Corte decidiu enquadrar na pena de morte somente os crimes que causarem o fim da vítima – olho por olho, dente por dente. Descartaram a pena capital para estupro de crianças, o trauma físico e psicológico infligido seja qual for sua idade, o nível de sadismo, quantas vezes foi violentada e o nefasto histórico de abusos perpetrados contra a pureza da inocência. Poderia induzir ao efeito colateral de aumentar a incidência dos estuprados, já que a pena seria a mesma. A sociedade americana se debate entre tolerância zero para a impunidade e transparecer maior senso de humanidade.