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APROVAÇÃO A DILMA ESTÁ INCOMODANDO OS SETORES MAIS CONSERVADORES

Depois a mídia não gosta quando a chamam de golpista. Cogitar de impeachment para Dilma? E por incompetência? Por ela ter demitido um montão de ministros por suspeita de corrupção ou por não saber compor sua equipe de trabalho? Ou será que a mídia se irrita com Dilma estar conseguindo transformar seus supostos fracassos em sucessos na percepção popular? Face à leitura de ela estar confrontando antigas práticas políticas e até peitando o Congresso, mudança que a sociedade anseia e desespera a mídia, por justamente ver abalado seu carro-chefe no tom crítico e nas denúncias que lança à natureza fisiológica do apoio a Dilma, quando todos os governos estaduais, inclusive os tucanos, nunca conseguiram se livrar da fórmula surrada de distribuir secretarias para formar a coalizão de partidos que empresta apoio ao Executivo – ainda não descobriram a pólvora na política. Fundar uma base partidária em torno de um programa de governo que seja coerente e tenha nexo no Brasil soa tão absurdo quanto exigir dos EUA que não mais faça a guerra, a Inglaterra desistir das Malvinas, introduzir a ficha limpa no FMI, implantar o Estado laico nos países muçulmanos, deter o puro egoísmo da Europa em barrar o imigrante com o seu passado colonialista. É não reconhecer no Japão uma imensa área de risco que os japoneses não desejam abandoná-la, igualzinho à nossa população pobre que se recusa a largar favelas acomodadas em terrenos sujeitos a deslizamento. Não tem composição que dê jeito em confrontos ideológicos que oponham privatização à Bolsa Família e redistribuição de renda. Além do típico pensamento colonizado de quem julga ser racional o Primeiro Mundo.
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Antonio Carlos Gaio:
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