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ÁUDIOS CHEIOS DE VERDADE QUE COMPROMETEM A REPUTAÇÃO DOS MILITARES

Não adianta Bolsonaro fazer de conta que Jair Renan não é seu filho por estar envolvido em negociata, nem como irá afirmar que não tem nada a ver com os áudios do Superior Tribunal Militar que reproduzem os julgamentos nos anos 1970 e 1980 de generais, almirantes e brigadeiros, como juízes togados, quanto à tortura e sevícias das mais requintadas dentro dos aparelhos de repressão organizados pelas Forças Armada, sofridas pelos que se insurgiram contra a ditadura militar e não aceitaram a ordem econômica injusta e imposta ao país. As prisões se constituíam em verdadeiros sequestros e os esquerdistas apanhavam que nem um condenado, além de alvos de sadismo de militares, PMs e policiais civis torturadores, ensejando indignação de alguns militares juízes, embora preocupados em não empanar a imagem do Brasil no exterior nem tampouco esmorecer o entusiasmo de tropas não fardadas, que se esmeravam em torturar infelizes, sob a custódia do Estado, até levá-los a óbito. Isso irá atingir a campanha de Bolsonaro para presidente, por ele sempre ter louvado torturadores (Coronel Ustra) e elogiado a ditadura, a despeito de em outras oportunidades, como notório bipolar, negar que ela tenha ocorrido ou mesmo ter havido torturas. O pior dos crimes, a mentirosa História do Brasil que se ensina nas escolas militares com um objetivo bem definido, o de minar a democracia. Remoendo nostalgicamente os 21 anos em que se deleitaram no poder durante a ditadura militar. As vozes recém-descobertas dos ministros militares no áudio prenunciam que eles não suportam mais continuar enterrados com tanta verdade a estrangular sua consciência, pedindo uma chance para não continuarem manietados à mentalidade de Bolsonaro, seus filhos e de generais que não se enxergam. Os ministros militares falecidos não desejam mais esse legado, hoje o desprezam. O que ganharam com isto? Estacionados no lado errado da História.

Antonio Carlos Gaio:
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