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CAPÍTULO CLXXXIII – MIGALHAS DE BEM

Clarice Lispector, falecida em 1977, vem se consolidando como a maior escritora brasileira de todos os tempos, sem constar de seu histórico o espiritismo, apenas na excelência de sua literatura: “Se é verdade que existe uma reencarnação, a vida que levo agora não é propriamente minha: uma alma me foi dada ao corpo. Eu quero renascer sempre. E na próxima encarnação vou ler meus livros como uma leitora comum e interessada, e não saberei que nesta encarnação fui eu que os escrevi”.
Há que não duvidar de nossas possibilidades mínimas no bem, se podem valer mais que toda multidão de males do mundo.
A centésima octagésima terceira intervenção espiritual, em 13 de janeiro de 2023, se iniciou com cânticos no intuito de abrir caminho para os espíritos curadores, prosseguindo com a leitura de “Vinha de Luz”, 91 (“Migalha e multidão”), de Chico Xavier pelo Espírito Emmanuel, e estudo preliminar do capítulo 3 (“Há muitas moradas na Casa de Meu Pai”), itens 6 e 7 (“Destinação da Terra. Causas das misérias humanas.”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Muitos se surpreendem por encontrar na Terra tanta maldade, misérias e doenças de todas as naturezas, e disso concluem que a espécie humana é algo muito triste e até inviável. A situação material e moral da Humanidade terrena nada tem de surpreendente, se levarmos em conta a destinação da Terra e o propósito de expiação e resgate a que se propõe em relação à natureza dos que a habitam. O que propicia uma falsa ideia do conjunto. Se a espécie humana inclui todos os seres dotados de razão que povoam os incontáveis mundos do Universo. Não cabendo julgá-la pelas torpezas e todos os vícios contidos numa prisão, e por todas as doenças tratadas em hospital.
Assim como se sai do hospital quando se está curado, e da prisão, quando se cumpriu a pena, o homem deixa a Terra para outros mundos mais harmoniosos se ficou livre de suas enfermidades morais ou tenha resgatado seus carmas.
Graças às migalhas de bem que portamos em pequena quantidade que, se encaminhadas ao destino que lhes é próprio, serão supridas pelo milagre da multiplicação, considerada a oferta espontânea, e abençoando-as, de modo a permitir nutrir muitos outros necessitados.

Antonio Carlos Gaio:
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