Aberta a temporada de guerra na campanha eleitoral com as declarações de Aécio e Eduardo Campos: Dilma colheu o que plantou (no Itaquerão). Quando ambos não são toupeiras para desconhecer que a abertura da Copa não era uma festa popular, dado o preço dos ingressos. A maioria se compunha da elite branca ou bem abonada que, em São Paulo, mais especialmente, costuma ser refratária ao PT. O colunista Merval Pereira convalida esse clima de guerra, atribuindo ao PT, que não sabe fazer política sem radicalização e que precisa de um inimigo para combater, dentro da lógica nós contra eles. Falta um espelho no entorno de Merval para refletir os efeitos do livre mercado que defende com ardor, como também do Estado mínimo, da privatização da economia, submisso aos interesses maiores do Primeiro Mundo, contra a política de inclusão e de redistribuição de renda, que não defende, salvo pela via exclusiva da educação. Ressalte-se que essa elite branca lambe as botas da mídia em reconhecimento ao seu poder de divulgar as mesmas ideias que defende, quando ela não é seu porta-voz.