Collor e Sarney fazem de tudo para impedir que se acabe com o sigilo eterno de documentos considerados ultrassecretos e permitir o completo acesso aos documentos oficiais. Quando todos os partidos e mais as Forças Armadas e o Ministério das Relações Exteriores estão de acordo para liberar geral, além de a História do Brasil exigir esclarecimentos a respeito de como os costumes políticos evoluíram, até para saber como chegamos a eleger um Collor. Em campanha que denegriu Sarney, de cima a baixo, com o eleitor ignorando serem farinha do mesmo saco, para desespero dos que sabiam quanto ao passado de ambos: udenista e golpista, de adesão à ditadura militar e nutridos por oligarquias. Por ignorância e em regime continuado ao longo de nossa história ou pelo conservadorismo reinante temer na época qualquer opção política mais audaciosa, fazemos jus a Sarney e Collor até hoje, em dobradinha a favor do engavetamento da liberdade de expressão e de invocar a eterna ameaça à segurança nacional, desembocando no reiterado atraso e na falta de conhecimento da nossa realidade. Seriam eles zumbis, múmias ou fantasmas que ainda vagueiam? Para nos mostrar como as consequências das más escolhas na vida podem nos atingir e repercutir no grau de informação, logo na era da Internet e de vazamentos, que só contribuem para identificar quem é quem. Tudo o que Collor e Sarney não desejam.