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DILMA, A GUERRILHEIRA

Dilma Roussef não vê razão de fazer mea-culpa por ter optado pela guerrilha durante a ditadura militar. Ela apenas mudou; doentio seria manter a mesma cabeça. A Guerra Fria foi pro espaço, o Muro de Berlim caiu de podre, as Torres Gêmeas vieram abaixo com Bush e Osama morreu para Obama mudar os ares dos EUA, com o neoliberalismo atolado na lama. Mudaram os polos, sua visão se ampliou, mas sem mudar de lado, motivo de orgulho para Dilma. Embora tente esquecer de épocas em que não podia falar a verdade, quando torturada, para com a mentira se salvar e depois até se convencer de que a mentira era a verdade a ser dita. Foi uma longa disputa para não se autodestruir e ficar inteira psicologicamente. Disputa entre princípios diametralmente opostos, entre éticas diferentes. Um difícil processo para não perder a identidade, em que a mentira foi uma imensa vitória para sobreviver e a verdade corresponderia à falta de bom senso e à derrota. Aos 19 anos, Dilma achava que iria transformar o mundo.

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Antonio Carlos Gaio:
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