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DILMA PERDE NO DEBATE, MAS SERRA NÃO AVANÇA

Dilma perdeu no debate, mas não chegou a sofrer knock down, o que, para uma estreia, não é nada mal. Gagueja, deixa o tempo se escoar, dificuldade em resumir suas ideias, ressente-se de falta de agilidade para driblar perguntas surpresas: “como foi a primeira vez, Dilma, doeu?”. Em compensação, para quem arrota mais experiência, Serra pouco avançou no debate, não sabendo por onde atacar um governo muito bem avaliado. Apelar para os excepcionais, o estrangulamento no porto de Salvador, as saudades do mutirão na área da Saúde e desconversar quanto aos milhões de empregos prometidos e criados no governo Lula, não condiz com quem não consegue disfarçar o menosprezo pelo que dizem seus adversários. Os tucanos se valem de golpes abaixo da cintura para rebaixar Dilma pela veneração por aquele que lhe deu a chance de uma vida que, em outra circunstância, jamais aconteceria. Agora que Lula está se retirando do cenário, tardiamente são forçados a reconhecer sua competência, preparo, inteligência e prestígio, decorrente da maciça aprovação de sua gestão, como fator fundamental para eleger Dilma. Ambos no palanque vai ser a junção de que se pode mais no Brasil: primeiro, um operário, depois, uma mulher. Se Serra plagiou o slogan “O Brasil pode mais” da campanha de Obama, Dilma roubar-lhe-ia.

Categories: Política
Antonio Carlos Gaio:
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