Lula comparou os dissidentes cubanos – presos de consciência – com os bandidos comuns de São Paulo. Basta olhar e se chocar com a figura esquelética e desidratada de Guilherme Fariñas, há 16 dias em greve de fome. Quando Lula se imiscui nas decisões do regime castrista, cai em contradição por pregar a política de autodeterminação e não intervenção na Venezuela, Bolívia e Irã. Ao defender o governo cubano, se meteu onde não devia e chamuscou Dilma, como símbolo de resistência a regime autoritário que não admite contestação. Na ditadura brasileira, os desaparecidos políticos também eram chamados de bandidos pelos bolsonaros que integravam o esquadrão de boas-vindas. A alta popularidade faz Lula perder, por vezes, a noção do que é direita e esquerda, da mesma forma que Fidel Castro, quando encarcera dissidentes por seus ideais. Pudera, com uma ideia fixa na cabeça, eles fizeram uma revolução que já entrou para a história de Cuba e do mundo.