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NATAL DE 2013, O NATAL DO ESQUECIMENTO

É a data de nascimento do Menino Jesus mas parece que todos se esquecem, como se acometidos do mal de Alzheimer, a acomodar dissidências no seio da família, as divergências políticas insanáveis, as mágoas não resolvidas, os ressentimentos que não se dissipam. Só com o tempo para ir aplainando as arestas ou ampliando irremediavelmente os abismos.
Enquanto isso, como acomodar as transformações da família em crescimento se o ramo paterno também tem de se casar com o ramo materno, quando seus filhos e netos se casam e se dobram e se redobram para atender a parentela, de modo a dar atenção a todos e conciliar eventuais suscetibilidades? Tudo para justificar o espírito de paz e harmonia que deve reinar no Natal.  
Então dá-lhe de colocar o Natal no dia 24 de dezembro ou encaixá-lo no dia 25 ou vice-versa, para tornar confortável os legítimos desejos da união em família. E dá-lhe na economia familiar a teoria da equivalência do valor do presente para todos ficarem igualmente felizes e poderem se deliciar com o pain perdu, a rabanada dos franceses. E esquecer tudo.
Feliz Natal 2013!
Antonio Carlos Gaio:
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