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RÉVEILLON DE 2019 – A IMPOSSIBILIDADE DE FELIZ ANO-NOVO

Como entrar no Ano-Novo se a perspectiva é de retrocedermos à Idade Média com o presidente Bolsonaro? Se nos prometem as trevas com tiros, sem avisar, em quem estiver armado de fuzil. Sob o risco de atingir a população de comunidades ou cidadãos andando pelas ruas. Drones serão adquiridos para atirar de cima em bandidos como fizeram os americanos em milícias do Estado Islâmico. Se as milícias estarão dentro do governo Bolsonaro sob o pressuposto de coibir a violência e manter seus territórios arrebanhados de traficantes, explorando seus mesmos negócios, inclusive drogas.
Se a nós, povo brasileiro, são prometidas só desgraças ou medidas punitivas, como cortes, supressão, congelamento, extinção de direitos, já que a vida do patrão virou um inferno. O empregado tem apenas de se sujeitar a conseguir emprego, que já está bom demais e, ademais, o que vier depois é lucro. Um pé no escravagismo.
Os novos tempos fascistas, melhor dizendo, colonialistas propõem aculturar os indígenas à nossa sociedade, que é o exemplo maior do que resultou nosso processo civilizatório abjeto e espoliador, sob o pretexto de explorar as riquezas do solo dos nativos.
Como comemorar com champanhe os novos tempos se o confronto é a palavra de ordem? Se uma junta militar estará à cabeça de uma democracia eleita pelo povo? Se o discurso contra a corrupção será falso a exemplo de Aécio Neves, Collor, Jânio Quadros e Carlos Lacerda ao longo dos últimos 70 anos? Já que os primeiros escândalos começaram a surgir do motorista e assessor de Bolsonaro, além das fake news veiculadas em WhatsApp que fraudaram as eleições com mentiras que configuraram estelionato, e da aliança entre Moro e Bolsonaro para condenar e manter Lula preso.
Como irão surgir novos amores entre lados tão opostos com o espoucar dos fogos de artifício? Um cagando regra como se deve relacionar e o outro replicando que não gosta de frases feitas, com ambos reclamando que assim não dá para conversar. Quando havia que discutir a relação, senão o sexo acaba não entrando em questão.
Como desejar Feliz Ano-Novo nesse clima? Só se for por educação ou quiçá hipocrisia! Se já sabemos de antemão que não há a menor possibilidade de entrar em acordo. Quem venceu as eleições, que imponha sua forma de governar, tal como entende sua maneira de dialogar e a democracia. Quem precisa amar, console-se com a falta de perspectivas, vindas de quem não soube te amar, em reação a você não ter cedido para entrar num acordo que não seria o melhor para ambos, mas o possível.

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Antonio Carlos Gaio
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