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NEM SANTAS, NEM PUTAS, SOMOS APENAS MULHERES!

Os homens sempre tenderão a classificar. Necessitam desse bipartidarismo entre santas e putas para se posicionar e compreender melhor a situação da mulher a qual pretendem abraçar. Se a sério ou de brincadeira. Não conseguem escapar ao maniqueísmo que estreita o alcance das coisas e apequena a mente. De tanto não alargarem os horizontes, acabam por encurtar a visão e retardar a sensibilidade, impedindo-os de fazer uma leitura melhor dos relacionamentos.
Esses homens teriam de se originar de um berço com uma mãe independente, que haveria de ensiná-los a ver a mulher com outros olhos. Facilitaria se tivessem nascido de uma mãe didática e disponível que se predispusesse a exercer esse papel. Uma materna tarefa hercúlea – de homem, portanto.
Mas se tem que se contrapor a um marido e pai que reza em outra cartilha, aí talvez não seja possível dar conta da missão de transformar seu filho em um verdadeiro homem. Parece que não, mas homem dá muito trabalho! Pois eles só têm orgia na cabeça e fascínio pelas periguetes, em nada mudando se comparado aos seus ancestrais putanheiros. Ou à sua fissura pela atração fatal, se modernizada sua imagem.
Como encontrar então, na atualidade, algo de santa em putas mulheres? Maravilhosas em seus egos do caralho! São mentes fudidas que se distanciaram de um padrão de qualidade que as obrigava a se apresentarem condignamente para serem aceitas. Livraram-se dessa camisa de força e confundiram a cabeça desses retardados, que não sabem distinguir santa de puta, amor de sexo, nem sua mãe de mulheres com quem dividem a cama.
Ora querem ver em suas mulheres a mãe que admiram tanto e, por conseguinte, santa. Ora querem que elas sejam putas para não terem que procurar fora – desde que honestas.
Antonio Carlos Gaio:
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