A queda substancial no número de partos de adolescentes deve-se não só ao governo Lula como também ao Serra, quando ministro de Saúde de FHC, ao criar o SUS – a rede pública de saúde, de olho na universalidade e no aumento da equidade. Só que o ministro Temporão conseguiu separar o joio do trigo. O adequado uso combinado do anticoncepcional para evitar a gravidez com o preservativo, para impedir o avanço de doenças sexualmente transmissíveis, sem que os dogmas religiosos da Igreja Católica e dos crentes interferissem num desejo maior do que puramente o amor e o sexo: que o filho venha quando a mulher quiser e puder. De modo a permitir que ela se prepare melhor e se fortaleça para encontrar seu lugar na sociedade e dê um fim ao ciclo vicioso do homem abandoná-la sem ter como criar seus filhos. Caiu a resistência às aulas de educação sexual e à iniciação dos adolescentes à boa prática, incidindo justamente no Nordeste a maior redução dos partos. Uma boa notícia não atar o destino da mulher à responsabilidade de construir uma família por sua própria conta e o homem, pelo fato de não ser gay, cair em si e não se achar imune a contrair Aids.