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O CINISMO DE ARMÍNIO FRAGA TEM TUDO A VER COM AÉCIO

Armínio Fraga foi Ministro da Fazenda nos dois últimos anos do governo FHC e já se tornou no homem forte de Aécio na Economia, antes mesmo dele vir a ser eleito. No debate em idioma economês com Mantega na TV, com ambos fazendo as vezes de Aécio versus Dilma, Armínio pouco pôde falar, pois Miriam Leitão assestou suas baterias na gestão de Dilma na economia. Dando margem a Mantega prevalecer no debate já que Armínio optou por só intervir quando requisitado, evidenciando seu cinismo. Deixou bem claro que seu modelo é outro do que aí está e que primeiro é preciso arrumar a casa – de forma implícita, confessando que não haveria programas sociais até que houvesse recursos para gastar com os pobres. É terminantemente contra os subsídios aos empresários em projetos de infraestrutura, o que implicará na desaceleração de programas como “Minha Casa, Minha Vida”, para não dizer que irá esvaziar o BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica. Como privilegia demais as rígidas regras da economia, com ênfase no fator capital e desprezo pelo humano, a questão do emprego não é tão prioritária assim. Não explica de que modo irá investir mais, se tudo que apregoou como ministro de FHC e critica na gestão de Mantega, não cumpriu. Ainda mais que faz apologia da mesma receita de Delfim na ditadura militar: “Vamos primeiro fazer crescer o bolo, para depois dividi-lo” – como se os pobres pudessem esperar por 100 anos. Armínio também é mentiroso por afirmar que a crise econômico-financeira internacional acabou, quando o crescimento da Alemanha (o último dos moicanos na Europa) já está na casa do zero. A vitória de Aécio vai ser uma volta à situação do final do século XX, cujo artífice do endividamento externo era Armínio, recaindo o prejuízo por sobre a cabeça do eleitor do Lula que ascendeu à classe média, lembrando um pouco o mesmo panorama de quando Collor se elegeu, quando o povo escolheu o candidato da elite. Mas o mundo é assim, girando em torno da repetição do erro até que se aprenda e a pendenga desapareça, evidenciando a evolução.
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Antonio Carlos Gaio:
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