Num confronto entre primatas, Kadafi superou com vantagem Saddam Hussein, que matava curdos habitantes de aldeotas por meio de bombardeios com gás venenoso. Kadafi enterra pessoas vivas dentre mortos. As que restaram ainda respirando depois de executadas, queimadas ou mutiladas. Soldados que desobedeceram às ordens de assassinar a população civil, revoltada contra a barbárie do ditador. Foram lançados em buracos com paredes cimentadas construídos no subsolo de pátio de quartel-general, dispondo de respiradouros, de forma que a morte fosse lenta e se transformasse em martírio se alguém tivesse a audácia de permanecer vivo – a provocar que implorassem pela morte rápida. Camuflados pela areia, quem andasse ao longo do pátio de al-Fadeel Bo Amro, não desconfiaria de condenados à morte sob seus pés. Um método de terror premeditado emparedar vivos colados a mortos, praticamente de pé. Em 1996, o sinistro Kadafi já havia exterminado 1.200 pessoas em questão de horas em Abu Salim e as enterrou numa vala comum, cobrindo com cimento. Kadafi não teme Alá, trucida seus semelhantes de credo e etnia, e nem por isso é perseguido pelas leis do Alcorão. Só islâmico pode matar islâmico?