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O INSTITUTO DA DELAÇÃO PREMIADA ESTÁ SE DESMORALIZANDO COM DENÚNCIAS SELETIVAS DE CARÁTER PARTIDÁRIO

Pouco a pouco, a delação premiada, que contou com a aprovação de boa parte da coletividade, seja lá o que quer dizer isso, vai se desmoralizando com delações de nítido perfil partidário para atender ao juiz deus Sergio Moro e seus discípulos procuradores, somadas à divulgação seletiva de seu conteúdo, grampeamento da presidenta da República, condução coercitiva para encobrir prisão de Lula e outros instrumentos ilegais tais como extorquir confissão à custa de manter o investigado detido indefinidamente, esvaziando a instituição do habeas corpus, sinal forte de meios discricionários típicos de uma ditadura. Como é fácil subir na vida no Brasil e descer mais rápido ainda pela mesma escada, fazendo uso de uma cartilha moralista! Foi Collor, o caçador de marajás, Joaquim Barbosa, flagrado em evasão fiscal na compra de apartamento em Miami, e agora Sergio Moro, ditadorzinho de um Estado de exceção criado por ele próprio. Quem se aproxima para entrar no listão é Janot, procurador-geral da República que, desnorteado com tantas delações e denúncias, firmemente inocenta Aécio, persegue Lula no lugar do Moro, e quer chegar em Dilma. Quando as delações têm de ser espontâneas e mantidas em sigilo absoluto justamente para que delatores oportunistas não copiem a linha de defesa seguida a outras que foram acatadas pelo juiz salvador da pátria. E também para não favorecer o arsenal de inimigos políticos e não alimentar tentativas de golpe. Mesmo porque, no terreno pantanoso da corrupção e propenso a vinganças, um dia da caça e outro, do caçador.

Antonio Carlos Gaio:
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